FATOS POLICIAIS

domingo, 24 de setembro de 2017

MIRIAM COELI DE ARAÚJO DANTAS DA SILVEIRA



Jornalista, professora, poetisa, um dos nomes mais representativos da intelectualidade potiguar, Myriam Coeli de Araújo Dantas da Silveira nasceu no Amapá, em 1926, e faleceu em Natal, em 1982.Myriam é quase norte-rio-grandense: com apenas dois meses de idade veio, em companhia das tias, residir em São José de Mipibu. Fez o curso primário naquele município e cursou o ginásio no Ateneu Norte-rio-grandense.Formou-se em Letras Neolatinas pela Faculdade de Filosofia do Recife. Como bolsista do Instituto de a invejável, mas sempre modesta e encantadora, voltou para Natal, onde lecionou francês, português e literatura portuguesa em colégios. Lecionou também na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Natal e na Faculdade de Jornalismo Eloy de Souza. Numa época em que a redação dos jornais era lugar quase exclusivo para homens, Myriam Coeli exerceu essa profissão com muito talento e coragem de desafiar os costumes da época. De 1952 a 1961, assinou coluna literária na “Tribuna do Norte”, “Diário de Natal” e “A República”.
Publicou cinco livros de poesia: Imagem virtual, 1961 (em parceria com seu marido, o poeta e jornalista Celso da Silveira), Vivência sobre vivência, 1980, Cantigas de amigo, 1980, e Inventário, 1981.A sua coragem também se revelou quando, aos 47 anos, foi acometida de câncer. Lutou com a doença durante longos nove anos, com todas as suas forças, sua serenidade inalterável, suas armas feitas de poesia. Jamais demonstrou medo diante da morte, por ela configurada como um prosaico “baque surdo de um caixão”. Continuou escrevendo, cultivando amizades com a delicadeza de sempre, extraindo forças dos próprios versos.
FONTE – FUNDAÇÃO JOSÉ AUGUSTO

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